Nova lei do Imposto de Renda sancionada por Lula em novembro de 2025 isenta salários até 5 mil, garante desconto até 7.350, alcança 15 milhões de trabalhadores e compensa renúncia com taxação gradual de altas rendas acima de 600 mil por ano no país segundo o governo e Simone Tebet
Em 26 de novembro de 2025, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou em seu perfil oficial que a nova lei do Imposto de Renda isentará todos os trabalhadores com salários de até 5 mil reais por mês. A medida, classificada como “histórica” pela própria ministra, foi apresentada após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e faz parte de um pacote de mudanças voltadas à chamada justiça tributária.
Na mesma comunicação, Tebet detalhou que a nova lei do Imposto de Renda também cria uma faixa de desconto para quem recebe entre 5 mil e 7.350 reais mensais, com vigência prevista a partir de janeiro de 2026. Segundo o Palácio do Planalto, aproximadamente 15 milhões de brasileiros deixarão de pagar IR com as novas regras, alterando de forma direta o orçamento de milhões de famílias já a partir do próximo ano-base.
O que muda com a nova lei do Imposto de Renda
Na prática, a nova lei do Imposto de Renda redesenha a base de contribuintes pessoas físicas no país. Pela regra anunciada, trabalhadores com renda mensal de até 5 mil reais passam a ter isenção total do imposto, deixando de sofrer retenção na fonte ou cobrança na declaração anual dentro dessa faixa.
Para quem recebe entre 5 mil e 7.350 reais, a nova lei do Imposto de Renda prevê um mecanismo de desconto que reduz o valor efetivo do tributo devido. Ou seja, mesmo que o contribuinte permaneça formalmente na base de incidência, o peso do imposto cai em relação ao modelo anterior, com impacto direto sobre o rendimento líquido mensal.
Quem será isento e quem terá desconto com a nova faixa
O desenho da nova lei do Imposto de Renda separa três grandes grupos de contribuintes. No primeiro bloco estão os trabalhadores com remuneração de até 5 mil reais por mês, que passam a ter alíquota efetiva zero. Esse grupo é o foco principal do anúncio de Simone Tebet e concentra boa parte dos 15 milhões de brasileiros apontados pelo governo como beneficiados.
No segundo grupo aparecem os contribuintes que ganham entre 5 mil e 7.350 reais mensais. Para eles, a nova lei do Imposto de Renda estabelece um desconto específico que reduz a cobrança em relação ao modelo anterior, embora não elimine completamente o tributo. Por fim, o terceiro grupo corresponde às rendas superiores, que seguem tributadas normalmente, com ajustes específicos nas faixas mais elevadas, especialmente para quem ultrapassa 600 mil reais por ano.
Importante lembrar que, segundo o próprio governo, nada muda para quem ganha até 3.026 reais, faixa que já estava isenta pela tabela anual vigente. A novidade da nova lei do Imposto de Renda é justamente empurrar esse limite para 5 mil reais, incorporando uma parcela adicional da classe trabalhadora à isenção total.
Como o governo vai compensar a renúncia da nova lei do Imposto de Renda
Para viabilizar fiscalmente a nova lei do Imposto de Renda, o governo anunciou um aumento na tributação das altas rendas. A diretriz oficial é direcionar o ajuste para contribuintes que recebem acima de 600 mil reais por ano, ou seja, o grupo classificado politicamente como super-ricos.
De acordo com o desenho divulgado, a cobrança será progressiva, com alíquota máxima de até 10 por cento. Na prática, isso significa que quem já se encontrava em patamar de 10 por cento ou mais não perceberá diferença expressiva, enquanto faixas intermediárias tendem a sofrer ajustes para cima. A lógica central da nova lei do Imposto de Renda é deslocar parte da carga que hoje recai sobre salários médios para a ponta de maior renda.
Impacto da nova lei do Imposto de Renda no bolso dos trabalhadores
O governo tem insistido que a nova lei do Imposto de Renda afeta diretamente o consumo e a capacidade de pagamento de dívidas da população de baixa e média renda. Ao retirar completamente o imposto de quem recebe até 5 mil reais, a medida libera uma fatia do salário que hoje é retida mensalmente, ampliando o valor líquido disponível para gastos essenciais e eventuais investimentos.
Em declaração no dia 30 de novembro, Lula exemplificou esse efeito ao afirmar que uma pessoa com salário de 4,8 mil reais pode economizar cerca de 4 mil reais por ano com a nova faixa de isenção, o que ele descreveu como “quase um 14º salário”. Na avaliação do governo, esse tipo de ganho reforça o argumento de que a nova lei do Imposto de Renda funciona como alívio concreto no orçamento de quem vive do trabalho.
O que disseram Simone Tebet e Lula sobre a nova lei do Imposto de Renda
Após a sanção presidencial, Simone Tebet publicou um texto em que chamou a nova lei do Imposto de Renda de “marco histórico sem precedentes rumo à justiça tributária”. Ela destacou, em especial, a combinação entre isenção até 5 mil reais, redução do imposto entre 5 mil e 7.350 reais e taxação de super-ricos como pilares da mudança.
Na mesma linha, a ministra afirmou que a medida cumpre promessa de campanha do presidente Lula e se soma a outras ações que o governo apresenta como voltadas ao crescimento econômico “do lado do povo brasileiro”. Ao reforçar esse enquadramento, Tebet tenta consolidar a narrativa de que a nova lei do Imposto de Renda corrige distorções historicamente desfavoráveis à base trabalhadora e desloca parte do esforço fiscal para o topo da pirâmide.
Desafios e próximos passos da nova lei do Imposto de Renda
Embora a nova lei do Imposto de Renda amplie a isenção e reduza a conta de milhões de trabalhadores, a implementação dependerá de ajustes nos sistemas de folha de pagamento, atualização de tabelas e parametrização de retenções na fonte ao longo de 2026. Erros de cálculo na transição podem gerar retenções indevidas ou inconsistências nas declarações, exigindo atenção de empresas, contadores e do próprio Fisco.
Além disso, a compensação via tributação de altas rendas terá de mostrar capacidade real de equilibrar a renúncia de arrecadação associada à nova isenção. Na prática, o desempenho dessa arrecadação sobre super-ricos será determinante para avaliar se a nova lei do Imposto de Renda é sustentável fiscalmente ou se exigirá novos ajustes futuros.
Diante desse cenário, você acha que a nova lei do Imposto de Renda, com isenção até 5 mil, desconto até 7.350 e maior cobrança sobre super-ricos, realmente traz justiça tributária para quem vive de salário ou ainda deixa muito peso no bolso da classe trabalhadora?

