Produtor da Caatinga revela como 15 mil pés de mamão formosa viraram um negócio de exportação para Europa e China, mantém solo vivo com biológicos, enfrenta pragasmamão formosa na Caatinga com negócio de exportação para Europa e China, solo vivo com biológicos, irrigação por gotejamento e cigarrinha e ácaro.

Na Caatinga, um produtor mantém o solo vivo com biológicos, dribla pragas como cigarrinha e ácaro e sustenta um negócio de exportação para Europa e China com mamão formosa colhido com frequência mesmo no clima mais difícil do Brasil.

O negócio de exportação para Europa e China que você vai conhecer aqui não começa no packing house, nem no porto. Ele começa no chão. No solo argiloso que o produtor trata há anos com biológicos, até voltar a ver minhocas e cogumelos nascendo, sinais claros de vida em um lugar onde muita gente só enxerga seca.

E o cenário não é “fácil”. É Caatinga, o bioma que costuma ser associado a limitações. Mesmo assim, a rotina na propriedade mostra o contrário: 15 mil pés de mamão formosa, irrigação por gotejamento, colheita constante e uma logística que coloca a fruta em padrão de exportação, dentro de um negócio de exportação para Europa e China.

O produtor trabalha em área de Caatinga e mantém 20% de reserva legal, como ele mesmo reforça. A paisagem atrás da plantação ajuda a entender o contraste: de um lado, a vegetação nativa preservada; do outro, a lavoura conduzida com manejo e irrigação.

A Caatinga aparece como desafio climático, mas também como prova de que o resultado vem do manejo certo, do respeito ao solo e da disciplina na rotina de campo.

Mamão formosa: por que essa variedade domina a região

Na região, o produtor explica que as variedades mais comuns são mamão formosa e mamão havaí, mas ele deixa claro: a aposta dele é 100% mamão formosa. Segundo o relato, ele é um dos pioneiros na área e afirma que, por ali, só a propriedade dele trabalha com mamão.

Essa escolha conversa com o objetivo final: manter regularidade de colheita e qualidade para sustentar o negócio de exportação para Europa e China.

Solo vivo com biológicos: 8 anos de trabalho no chão

O manejo do solo é tratado como patrimônio. O produtor relata que trabalha com biológicos há cerca de 8 anos e que hoje já encontra minhocas e cogumelos no solo, o que ele usa como evidência de recuperação da vida no chão.

Ele descreve também um preparo do biológico ativado no melaço: 5 litros do produto, 5 litros de melaço e 40 litros de água, com início de uso após 72 horas. Não é discurso bonito, é uma rotina aplicada na prática para manter o solo ativo e reduzir desperdícios.

Irrigação por gotejamento e o ritmo da colheita

Água, ali, não vem de rio. O produtor menciona poço artesiano e destaca a irrigação por gotejamento, ponto central para produzir em um ambiente de altas exigências climáticas.

O ritmo é direto: colheita duas vezes por semana. Há frutos que ficam mais verdes e entram na próxima colheita, enquanto os mais maduros vão para o corte. Esse fluxo ajuda a explicar como o negócio de exportação para Europa e China se sustenta sem depender de “sorte”, e sim de rotina.

Como 15 mil pés viram negócio de exportação para Europa e China

O caminho do fruto segue uma lógica clara. Depois de colhido, o mamão vai para um packing house de um fornecedor vizinho, onde passa por lavagem, recebe redinha e é colocado em caixas para seguir no padrão de exportação.

E quando o produtor cita destinos, ele dá nomes: Espanha e Suíça, além da China. É isso que, na prática, compõe o negócio de exportação para Europa e China. O próprio produtor resume o incentivo econômico de forma direta: exportação paga em dólar, o que muda a conta do negócio.

Pragas brutais: cigarrinha e ácaro no mamoeiro

Nem tudo é produtividade. O produtor descreve as pragas que mais pesam no manejo: cigarrinha e ácaro. A cigarrinha, segundo ele, ataca a folha, deixa enrugada e pode travar a planta, afetando fotossíntese e desenvolvimento. Ele mostra casos em que tenta “destravar” a planta para voltar a produzir mais acima, mas reconhece que é luta diária.

O desafio do produtor é contínuo, porque ele depende do clima e da pressão das pragas ao mesmo tempo em que precisa manter padrão de fruta para o negócio de exportação para Europa e China.

Quanto tempo o mamoeiro produz e quando a planta sai da área

O produtor detalha o ciclo com objetividade. Ele relata que o mamoeiro completa um ano em determinada data de referência e que com cerca de 7 meses já começa a colher. O pico de colheita dura em média 7 meses, e a planta segue produzindo por cerca de um ano e meio.

Depois disso, ele elimina a planta porque fica alta e a colheita se torna mais pesada em mão de obra, além de a energia ir mais para crescimento do que para fruto. Em área já eliminada, ele cita rotação com banana prata.

Dica prática para escolher mamão e amadurecer em casa

Para quem compra, o produtor sugere um ponto simples: evitar o mamão totalmente amarelo, porque está no limite de maturação. Ele recomenda escolher o fruto com parte do fundo ainda verdosa, para amadurecer em casa.

E sim, ele confirma o método antigo: enrolar no jornal acelera a maturação. Ele também comenta que alguns fazem um corte lateral para tirar o leite do mamão, mas diz que hoje não utiliza esse tipo de prática no manejo.

Na sua opinião, um negócio de exportação para Europa e China na Caatinga depende mais de biológicos e solo vivo, ou da disciplina de colheita e manejo contra pragas como cigarrinha e ácaro?

Autor

  • Carla Teles

    Produzo conteúdos diários sobre economia, curiosidades, setor automotivo, tecnologia, inovação, construção, com foco no que realmente importa para o mercado brasileiro. Aqui, você encontra as principais movimentações da indústria. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Fale comigo: carlatdl016@gmail.com

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