Viaduto de Chaperó em Itaguaí avança com ciclovia, novas rampas e foco em segurança para melhorar mobilidade urbana e transformar o bairro de Chaperó.Viaduto de Chaperó em Itaguaí avança com ciclovia, novas rampas e foco em segurança para melhorar mobilidade urbana e transformar o bairro de Chaperó.

Em 2025, o viaduto de Chaperó em Itaguaí ganha forma com 540 metros sobre a ferrovia, ligando Jardim Primavera, Ibirapitanga e Chaperó, criando ciclovia, passarelas e rampas acessíveis para reduzir filas em cancelas, cortar acidentes e integrar bairros ao Arco Metropolitano e ao Porto de forma mais rápida e segura.

Em 2025, Chaperó se torna foco de uma das obras viárias mais importantes de Itaguaí, com o projeto do viaduto de 540 metros sobre os trilhos avançando para tirar do papel uma travessia segura em área hoje marcada por filas em cancelas e riscos recorrentes em cruzamentos com trens de carga. A estrutura pretende facilitar a ligação diária entre Jardim Primavera, Ibirapitanga e Chaperó, acompanhando o crescimento populacional e o aumento do fluxo de veículos na região.

Fruto de parceria entre Prefeitura de Itaguaí, MRS Logística e Governo Federal, o viaduto de Chaperó passa em 2025 pela fase decisiva de sondagens de solo e conclusão do projeto executivo, etapa que define fundações, altura, inclinação das rampas e todos os cuidados para não interferir na operação contínua da ferrovia. É a partir dessas definições técnicas que o município pode seguir para as próximas fases de fundações profundas, pilares e tabuleiro elevado.

O que está sendo construído em Chaperó, em Itaguaí

O que está em desenvolvimento em Chaperó é um viaduto urbano sobre a malha ferroviária, voltado a resolver um gargalo específico da cidade: a passagem de veículos, pedestres e ciclistas em uma área densamente ocupada, onde as cancelas fecham várias vezes ao dia para a passagem de trens de carga.

Por isso, não se trata de um anel viário completo de R$ 250 milhões, mas de uma obra pontual focada em um trecho crítico. O objetivo do viaduto de Chaperó é criar uma travessia em desnível que elimine o conflito direto entre trilhos e trânsito local, oferecendo uma rota mais direta e fluida entre Jardim Primavera, Ibirapitanga e Chaperó.

Além da pista para veículos, o desenho do projeto inclui ciclovia e passarelas laterais para quem se desloca a pé ou de bicicleta, reforçando o caráter de eixo multimodal e não apenas de corredor para carros e caminhões.

Características técnicas do viaduto de Chaperó

O viaduto de Chaperó se apoia em três pilares principais de projeto: comprimento, altura e rampas de acesso. A extensão aproximada de 540 metros permite ultrapassar, em um único traçado elevado, várias linhas de trem de carga, reduzindo intervenções em outros pontos e concentrando a travessia em uma estrutura única.

A altura máxima estimada é de cerca de 12 metros, garantindo a passagem segura de composições ferroviárias sob o tabuleiro e respeitando os parâmetros de segurança exigidos para a operação ferroviária. Essa altura é calculada para proteger tanto a circulação dos trens quanto o conforto visual e acústico do entorno urbano.

Nas extremidades, o projeto prevê rampas com inclinação em torno de 8%, pensadas para equilibrar conforto de condução, capacidade de frenagem e acessibilidade. Essa inclinação permite que ônibus, caminhões e carros circulem com segurança, ao mesmo tempo em que pedestres e ciclistas conseguem utilizar o trajeto sem esforço excessivo.

As faixas para veículos serão acompanhadas de ciclovia dedicada e passarelas para pedestres, com guarda-corpos, defensas e iluminação projetada para garantir visibilidade noturna e segurança em todos os horários. A ideia é que o viaduto de Chaperó funcione como um corredor seguro e contínuo para diferentes tipos de deslocamento.

Andamento do projeto em 2025 e principais desafios

Em 2025, o viaduto de Chaperó avança na etapa de sondagens de solo e detalhamento do projeto executivo, que define o tipo de fundação, a profundidade das estacas, o dimensionamento dos pilares e o formato final do tabuleiro. Essa fase é crucial para evitar surpresas durante a obra e garantir que a estrutura suporte o tráfego previsto para os próximos anos.

Na sequência, o cronograma da obra prevê fundações profundas, montagem de pilares, lançamento de vigas e execução do tabuleiro em etapas, sempre coordenadas com a operação da ferrovia. O desafio é abrir frentes de trabalho que não interrompam o transporte de cargas, que tem papel central para a economia local e regional.

Outro ponto sensível está na interferência com redes de energia, água e combustíveis existentes na área de influência do viaduto. Em alguns trechos, será necessário remanejar adutoras, postes e dutos para liberar a faixa de implantação, processo que exige planejamento conjunto entre Prefeitura, concessionárias de serviços, MRS e órgãos licenciadores.

Além disso, toda a solução precisa de aprovação técnica da MRS e de órgãos reguladores federais, que avaliam impactos sobre a operação ferroviária, acessos de manutenção, sinalização e segurança. Só com essas autorizações é possível transformar o projeto em canteiro de obras, mantendo a conformidade com normas nacionais para infraestruturas próximas a trilhos ativos.

Benefícios do viaduto de Chaperó para mobilidade e segurança

O benefício mais imediato para moradores de Chaperó, Jardim Primavera e Ibirapitanga é a redução das longas filas nas cancelas ferroviárias, que hoje paralisam o trânsito sempre que um trem de carga cruza o trecho. Com a travessia em desnível, o fluxo tende a ficar mais contínuo, permitindo maior previsibilidade para quem vai ao trabalho, à escola ou a serviços públicos.

A segurança viária também é ponto central. Cruzamentos em nível entre rodovia e ferrovia estão entre os trechos mais críticos em qualquer cidade, e ao concentrar a passagem em uma estrutura elevada, com defensas, guarda-corpos e iluminação, a probabilidade de colisões e atropelamentos cai significativamente.

Para pedestres e ciclistas, a presença de ciclovia e passarelas dedicadas representa uma mudança importante no padrão de deslocamento. Em vez de dividir espaço com carros em ruas apertadas ou cruzar trilhos em áreas improvisadas, a população terá uma rota protegida para acessar escolas, unidades de saúde, comércio local e pontos de ônibus.

Com o novo eixo, o viaduto de Chaperó tende a redistribuir o tráfego interno de Itaguaí, aliviando vias secundárias que funcionam hoje como desvio para quem tenta fugir das cancelas fechadas. Ao aproximar bairros antes separados pelos trilhos, a obra pode ainda impulsionar a valorização imobiliária e atrair novos serviços para o entorno.

Integração do viaduto de Chaperó com o sistema viário de Itaguaí

O viaduto de Chaperó não foi planejado como uma solução isolada. Ele se conecta a ajustes na malha rodoviária municipal e a corredores regionais estratégicos, como o Arco Metropolitano e os acessos ao Porto de Itaguaí. Isso reforça o papel da obra não só para o bairro, mas para a logística urbana e portuária do município.

Itaguaí combina funções industriais, portuárias e residenciais, exigindo rotas eficientes tanto para cargas quanto para moradores. Ao eliminar um ponto crítico de conflito entre cidade e trilhos, o viaduto de Chaperó ajuda a tornar o sistema viário mais coerente com o crescimento recente da região, reduzindo gargalos e abrindo novas possibilidades de circulação.

A expectativa é que Prefeitura e órgãos federais apresentem, à medida que o projeto avance, mais detalhes sobre custos, prazos e etapas, fortalecendo a transparência com a população dos bairros diretamente impactados. A cooperação entre poder público e setor ferroviário é vista como fundamental para reduzir conflitos entre a operação de trens e a vida cotidiana nas ruas.

Ao conectar de forma mais segura Jardim Primavera, Ibirapitanga e Chaperó, o viaduto tende a reconfigurar a relação dos moradores com a linha férrea, encurtando distâncias, ampliando o acesso a serviços e diminuindo a dependência de cruzamentos em nível que hoje geram atraso e risco.

E você, que circula por Chaperó e pelos bairros vizinhos, acredita que o novo viaduto será suficiente para acabar com as filas nas cancelas e reduzir de verdade os acidentes na região?

Autor

  • Maria Heloisa

    Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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