Brasil amplia exportação de carne para a Guatemala. A carne bovina fortalece o agronegócio brasileiro e o mercado internacional com novas oportunidades comerciais.Brasil amplia exportação de carne para a Guatemala. A carne bovina fortalece o agronegócio brasileiro e o mercado internacional com novas oportunidades comerciais.

Autorização abre espaço para carne bovina brasileira chegar à Guatemala, país de 18 milhões de habitantes que já importou mais de US$ 192 milhões do agro nacional em 2025, enquanto o governo Lula celebra 500 aberturas de mercado e reforça o peso do Brasil nas exportações globais de proteína animal.

A abertura do mercado de carne bovina do Brasil para a Guatemala foi confirmada em 2025 pelo governo brasileiro, após entendimento com as autoridades sanitárias guatemaltecas. A decisão é resultado de uma estratégia iniciada em 2023, quando o presidente Lula fixou a meta de ampliar o acesso dos produtos do agro a novos destinos internacionais.

Com o sinal verde, a carne bovina brasileira passa a disputar espaço em um país de cerca de 18 milhões de habitantes, em um momento em que o consumo cresce e as importações se tornam mais relevantes para garantir o abastecimento interno. Segundo o governo, a medida se soma à marca de 500 novas oportunidades de comércio abertas desde 2023, reforçando o papel do Brasil como grande fornecedor global de alimentos.

Como foi a liberação da carne bovina brasileira

O governo brasileiro informou ter recebido das autoridades sanitárias da Guatemala a confirmação de que o país passa a aceitar carne bovina e produtos derivados do Brasil. A autorização abrange a carne in natura e os industrializados, em linha com os padrões sanitários exigidos pelo mercado guatemalteco.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura é fruto de tratativas técnicas e diplomáticas conduzidas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. A confiança no padrão sanitário brasileiro, destacada nas negociações, foi apontada como um dos fatores decisivos para a liberação do mercado.

Guatemala já é forte cliente do agro brasileiro

A Guatemala já figura entre os compradores relevantes do agronegócio nacional. Entre janeiro e outubro de 2025, o país importou mais de US$ 192 milhões em produtos agropecuários brasileiros, com destaque para os cereais, principal item da pauta exportadora do Brasil para o mercado guatemalteco neste período.

No caso específico da carne bovina, o potencial é considerado elevado. No último ano, a Guatemala importou US$ 155,6 milhões em carne bovina, volume equivalente a aproximadamente 8,6 por cento do consumo interno. Em comparação com anos anteriores, esse valor representa um crescimento de 122 por cento, sinalizando um mercado em franca expansão na América Central.

Brasil consolida liderança nas exportações de carne bovina

A aprovação da carne bovina brasileira pela Guatemala ocorre em um cenário de forte desempenho do setor no comércio internacional. O Brasil segue como o maior exportador mundial de carne bovina, tendo embarcado mais de US$ 12 bilhões em 2024, o que corresponde a cerca de 2,8 milhões de toneladas enviadas a mais de 150 mercados diferentes.

Em 2025, o ritmo se mantém acelerado. Até outubro, as exportações brasileiras de carne bovina já superaram US$ 14 bilhões, reforçando o peso do produto na balança comercial do agronegócio e abrindo espaço para novos investimentos em produção, logística e industrialização voltados ao mercado externo.

Potencial para cortes congelados e indústria local

A abertura do mercado da Guatemala é vista pelo governo e pelo setor privado como uma chance de aprofundar a presença brasileira em um nicho estratégico da região. O país centro americano tem mais de 70 por cento das importações de carne bovina concentradas em cortes congelados, justamente uma das especialidades dos frigoríficos brasileiros que atuam no comércio internacional.

Para a Guatemala, a entrada da carne bovina brasileira tende a ampliar a estabilidade da oferta e o acesso a proteínas de qualidade, tanto para o consumo direto das famílias quanto para a indústria alimentícia local. Já para o Brasil, a nova janela comercial amplia o leque de destinos, dilui riscos e fortalece a imagem de fornecedor confiável para mercados emergentes.

Meta de 500 oportunidades e diplomacia agrícola

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou que, em 2023, o presidente Lula estabeleceu como meta a abertura de 200 novos mercados e a retomada de boas relações diplomáticas. Três anos depois, o governo celebra a marca de 500 oportunidades comerciais alcançadas, número que inclui a liberação da carne bovina para a Guatemala.

Segundo o ministério, esses resultados são frutos da atuação conjunta do Mapa e do Itamaraty, que têm priorizado a diplomacia agrícola e a defesa do padrão sanitário brasileiro como diferenciais competitivos. A estratégia é garantir que cada nova abertura de mercado se traduza em mais renda no campo, mais oportunidades para quem produz e mais reconhecimento internacional para os produtos nacionais, sem comprometer o abastecimento interno, que segue consumindo cerca de 70 por cento da produção de alimentos do país.

Diante desse cenário, você acha que a expansão da carne bovina brasileira para mercados como a Guatemala deve influenciar mais os preços internos ou a geração de empregos no campo?

Autor

  • Maria Heloisa

    Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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