China usa 1,2 milhão de coelhos, árvores e energia solar para conter desertificação, transformar dunas em solo fértil, gerar bilhões, recuperar água subterrâneaSaiba como o rio artificial de 12.000 km no deserto e a tecnologia de dessalinização da engenharia de Israel transformam água salgada em potável no deserto do Negev.

Com um rio artificial de 12.000 km no deserto, o país transforma água salgada em potável e garante segurança hídrica após décadas de trabalho

Enquanto o mundo debatia a viabilidade de grandes projetos hídricos em zonas áridas, Israel concretizou uma das maiores façanhas da engenharia moderna. No coração de um dos lugares mais secos da Terra, foi estabelecido um rio artificial de 12.000 km no deserto, cortando a paisagem árida para levar vida onde antes só existia areia e solo rachado.

O projeto, que desafia a própria natureza, não se limitou apenas à construção do canal. A iniciativa envolveu a implementação de um sistema industrial capaz de converter a água salgada do Mar Mediterrâneo em água potável. O rio artificial de 12.000 km no deserto é o resultado de uma visão estratégica que uniu tecnologia de dessalinização e precisão milimétrica para vencer a seca extrema.

O desafio de construir sobre a areia

A realidade do deserto do Negev era desoladora, com temperaturas que ultrapassam os 43°C e chuvas raríssimas. Durante gerações, as reservas subterrâneas minguaram e a agricultura local ficou à beira do colapso.

Para reverter esse cenário, os engenheiros precisaram mapear cada duna com radares de alta resolução e satélites. O maior obstáculo era a instabilidade do solo, que poderia enterrar as estruturas sob tempestades de areia.

Para estabilizar o trajeto do rio artificial de 12.000 km no deserto, foi utilizada uma técnica de injeção de água no solo, seguida por rolos compressores gigantes que prensavam a superfície. Esse processo criava uma base densa o suficiente para sustentar o maquinário pesado.

Ao todo, foram removidas 70.000 toneladas de terra diariamente em turnos exaustivos sob o sol escaldante, garantindo que a inclinação do canal tivesse uma queda de apenas 2,5 cm a cada 30 metros para que a água fluísse naturalmente.

Tecnologia de dessalinização e impermeabilização

Cavar o canal era apenas metade do trabalho; era preciso garantir que a água não fosse absorvida pelo solo sedento. A equipe aplicou camadas críticas de impermeabilização com areia, concreto e argila.

O sistema do rio artificial de 12.000 km no deserto foi complementado por comportas e pontos de controle que regulam o fluxo para diferentes regiões, evitando desperdícios em um ambiente onde cada gota é tratada como um recurso precioso.

Como a água do mar é rica em sais que destroem plantações, Israel investiu em um sistema de dessalinização sob altíssima pressão.

A água atravessa filtros especiais que separam o sal e as impurezas, recebendo posteriormente minerais essenciais para o consumo humano e agrícola. Essa transformação tecnológica permitiu que a água do mar se tornasse a salvação do Negev, sendo distribuída por tubulações modernas que levam o recurso diretamente à raiz das plantas.

O renascimento do Negev

Após 11 anos de engenharia extrema iniciada em 1953, o impacto foi imediato. Onde antes o chão era estéril, surgiram vinhedos, pomares e extensos campos de trigo.

O sistema, que custou cerca de 420 milhões de liras israelenses na época, agora transporta volumes massivos de água fresca do norte até o sul. Vilas foram reconstruídas e a economia agrícola floresceu, criando uma longa faixa verde visível do alto, que corta a imensidão amarela do deserto.

O sucesso do rio artificial de 12.000 km no deserto prova que a determinação aliada à ciência pode transformar ambientes hostis em paraísos produtivos.

Hoje, o Negev não é mais um símbolo de escassez, mas um exemplo global de como a engenharia pode garantir o futuro de uma nação em meio às mudanças climáticas e à falta de recursos naturais básicos.

Você acredita que soluções tecnológicas como essa poderiam acabar com a seca em outras regiões do mundo? Se você pudesse escolher um megaprojeto de engenharia para resolver um problema histórico no Brasil, qual seria?

Autor

  • Michel Junior

    Produzo conteúdos diários sobre economia, curiosidades, setor automotivo, tecnologia, inovação, construção, com foco no mercado brasileiro. Aqui, você encontra as principais movimentações. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Mande no e-mail: micheljunu@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *