Anvisa determina recolhimento voluntário de lotes de paracetamol com codeína da Geolab, creme de creatina da Basecol e fórmula infantil Nesh Pentasure Pedia após falhas em rótulo, composição e dosagem e proíbe suplemento para dentição de bebês e cápsulas com promessas terapêuticas enganosas sem comprovação científica de eficácia ou segurança.
Nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a Anvisa publicou uma série de resoluções que determinam o recolhimento de lotes do medicamento paracetamol com fosfato de codeína, de uma fórmula infantil e de um creme de creatina, após a identificação de falhas em rótulo, composição e dosagem. As medidas envolvem produtos de uso amplo, como analgésicos, suplementos alimentares e fórmulas pediátricas para nutrição enteral e oral.
Na mesma ação de fiscalização desta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a agência também proibiu o suplemento Flock Dent Camomilina, voltado à primeira dentição de bebês, e o Suplemento Milagroso em Cápsulas Jes, que traziam ingredientes não autorizados e promessas terapêuticas sem comprovação científica, reforçando o rigor da Anvisa na regulação de suplementos alimentares.
Fórmula infantil Nesh Pentasure Pedia é alvo de correção de rótulo
No caso da fórmula pediátrica para nutrição enteral e oral Nesh Pentasure Pedia, da Nunesfarma Produtos Farmacêuticos Ltda, a empresa comunicou o recolhimento voluntário à Anvisa após identificar um erro de rotulagem. O rótulo trazia a expressão “fórmula hidrolisada”, indicação que, de acordo com a agência, precisa ser excluída da embalagem para não induzir o consumidor a interpretação equivocada sobre as características do produto.
Com o recolhimento dos lotes, a Anvisa busca garantir que informações como composição, indicação e tipo de fórmula estejam descritas de forma precisa e alinhadas às normas sanitárias, especialmente em itens destinados ao público infantil, considerado mais vulnerável.
Creme de creatina tem notificações canceladas e produtos são recolhidos
Também foi comunicado à Anvisa o recolhimento voluntário de produtos à base de creatina fabricados pela Basecol Mix Indústria e Comércio de Alimentos Ltda Me. A medida atinge as linhas Creatina Creamy, Crea Cream, Pasta de Creatina e Creme de Creatina do suplemento Creatina Monoidratada Gel Creme de Creatina.
Segundo a empresa, as notificações desses produtos foram canceladas, o que levou à retirada do mercado. Na prática, isso significa que os itens deixam de ter autorização para permanecer em circulação como suplementos regulares, enquanto a Basecol e a Anvisa ajustam o enquadramento sanitário e regulatório das linhas envolvidas.
Anvisa proíbe suplemento para dentição de bebês
Em relação ao Flock Dent Camomilina, da Unicorp Terceirizze Brasil Industrial Ltda e da Medphar Farmacêutica Ltda, a Anvisa informou que o suplemento não é autorizado para o uso indicado na primeira dentição de bebês. Além da falta de autorização específica, o produto contém ingredientes não permitidos para a faixa etária indicada, o que motivou a proibição de fabricação, venda e consumo.
Com isso, a agência envia um recado direto ao mercado: produtos destinados a bebês e crianças precisam seguir regras rígidas de composição, indicação e rotulagem, sob pena de suspensão imediata. A orientação implícita é clara para pais e responsáveis: desconfiar de suplementos que prometem aliviar desconfortos ou dores típicas dessa fase sem respaldo regulatório da Anvisa.
Cápsulas “milagrosas” prometem benefícios sem base científica
Outro produto proibido pela Anvisa foi o Suplemento Milagroso em Cápsulas Jes, fabricado pela PPA Suplementos Ltda. De acordo com a agência, o item contém ingredientes não autorizados em sua composição, entre eles gengibre, salsaparrilha, sucupira, mururê, macacá e quebra pedra, combinação que não atende aos critérios estabelecidos para suplementos alimentares.
A Anvisa destacou ainda que o produto sugere falsos benefícios terapêuticos, prometendo tratar dores articulares e musculares, regenerar cartilagens, ajudar na cicatrização, fortalecer o sistema imunológico, melhorar a saúde óssea e a digestão. O rótulo também apresenta o suplemento como “um antioxidante potente, que reduz o estresse oxidativo”. Para a agência, essas alegações não têm comprovação científica e não são permitidas para suplementos alimentares, justamente para evitar que o consumidor confunda esses itens com medicamentos testados e aprovados.
Lotes de paracetamol com codeína serão recolhidos pela Geolab
A Anvisa divulgou ainda a lista de lotes do medicamento Paracetamol Fosfato de Codeína que serão recolhidos pela Geolab Indústria Farmacêutica S A. A própria empresa comunicou à agência o início do recolhimento voluntário, após identificar irregularidades na quantidade de codeína presente nos comprimidos.
Segundo a Anvisa, os lotes apresentaram variação de codeína entre 1,9% e 2,66%, em desacordo com o que estabelecem as boas práticas de fabricação, o que motivou a decisão de retirada. O problema afeta tanto apresentações de uso ambulatorial quanto embalagens hospitalares.
Entre as apresentações atingidas estão os produtos de 500 mg de paracetamol combinados a 7,5 mg de fosfato de codeína, em cartelas com 12 e 24 comprimidos, além de caixas hospitalares com 96 e 480 comprimidos, com lotes fabricados a partir de 28 de janeiro de 2025. Também entram na lista os medicamentos de 500 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína, em cartelas com 12, 24 e 36 comprimidos e em embalagens hospitalares com 96 e 480 unidades, igualmente com lotes a partir de 28 de janeiro de 2025.
Com a divulgação detalhada das apresentações, a Anvisa facilita a identificação dos produtos pelos serviços de saúde, farmácias e consumidores, reforçando a necessidade de verificar rótulos, dosagens e números de lote antes do uso.
Alerta reforça atenção a rótulos, dosagem e promessas de suplementos
Com as medidas anunciadas nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, a Anvisa reforça o papel de fiscalização sobre medicamentos, fórmulas infantis e suplementos alimentares, especialmente aqueles voltados para o público infantil. A combinação de recolhimentos voluntários e proibições demonstra que falhas em rotulagem, composição ou dosagem, assim como promessas terapêuticas sem base científica, não serão toleradas.
Para o consumidor, o recado é direto: desconfiar de produtos que prometem cura, regeneração ou múltiplos benefícios à saúde sem indicação clara e aprovação da Anvisa e redobrar a atenção com itens destinados a bebês e crianças, que exigem um nível ainda maior de segurança e controle sanitário.
E você, costuma conferir os alertas e resoluções da Anvisa antes de comprar remédios e suplementos?


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