Cidade mais rica de SC lidera arrecadação municipal em ICMS, prepara-se para a reforma tributária e amplia investimentos em infraestrutura com gestão sólida.Cidade mais rica de SC lidera arrecadação municipal em ICMS, prepara-se para a reforma tributária e amplia investimentos em infraestrutura com gestão sólida.

Cidade mais rica de SC consolida liderança no ICMS com índice de 8,22% no IPM, à frente de Joinville. Projeção de R$ 1 bilhão em 2026 reforça caixa de Itajaí para atravessar a reforma tributária, manter equilíbrio fiscal e ampliar investimentos em serviços públicos essenciais como educação, saúde e infraestrutura

A Cidade mais rica de SC, Itajaí, confirmou sua força econômica com a divulgação do novo Índice de Participação dos Municípios (IPM), que define a fatia de cada cidade na divisão do ICMS em Santa Catarina. Com índice de 8,22% no valor adicionado, o município manteve a liderança estadual e ficou à frente de Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul e Chapecó, consolidando um resultado considerado histórico pela equipe econômica.

A Secretaria Municipal da Fazenda divulgou que, com base nesse desempenho, Itajaí projeta arrecadar cerca de R$ 1 bilhão em ICMS em 2026, o maior valor já registrado por um município catarinense. Para a gestão, esse patamar de arrecadação será decisivo para atravessar a transição da reforma tributária nas próximas décadas, preservando investimentos e reforçando o papel estratégico de Itajaí no mapa econômico de Santa Catarina.

Itajaí consolida liderança na arrecadação do ICMS em Santa Catarina

O IPM divulgado pela Secretaria de Estado da Fazenda confirma que Itajaí é o município com maior participação na arrecadação do ICMS em Santa Catarina. O índice de 8,22% no valor adicionado assegura ao município a maior cota no bolo do imposto entre as 295 cidades catarinenses.

Na prática, isso significa que a Cidade mais rica de SC fica com a maior fatia do ICMS distribuído pelo Estado, resultado de uma combinação de economia diversificada, forte atividade portuária e gestão fiscal estruturada. Cidades como Joinville, com 7,9%, Blumenau, com 3,5%, Jaraguá do Sul, com 2,8%, e Chapecó, com 2,4%, aparecem atrás de Itajaí no ranking da participação.

O desempenho reforça uma trajetória de crescimento que vem se repetindo ao longo dos últimos anos, mas agora atinge um patamar inédito. Segundo a Fazenda municipal, a projeção de R$ 1 bilhão em ICMS em 2026 consolida Itajaí como referência estadual em geração de receita e capacidade de investimento.

Disputas judiciais e atuação técnica garantem recursos para o município

O resultado não veio sem disputa. Ao longo de 2025, Itajaí enfrentou questionamentos administrativos e ações judiciais envolvendo o valor adicionado gerado pelo polo de combustíveis sediado no município. Outras cidades tentaram reduzir a participação de Itajaí na divisão do imposto, contestando a forma de cálculo e a origem da arrecadação.

De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Silveira, a atuação técnica da equipe de auditores fiscais foi determinante para manter a liderança. Em entrevistas, ele destacou que a economia local continua crescendo e que o time da prefeitura defende os interesses do município tanto na esfera administrativa quanto na judicial, com base em argumentos sólidos e dados precisos.

Itajaí obteve decisões favoráveis em todas as instâncias nesses debates, o que, na avaliação da gestão, garantiu a manutenção da receita vinculada ao polo de combustíveis no IPM. “Conseguimos suplantar esse debate com argumentos técnicos e garantir que esse recurso permaneça em Itajaí”, reforçou o secretário, ao comentar o desfecho das disputas.

Setores que impulsionam a Cidade mais rica de SC

A posição da Cidade mais rica de SC na liderança do ICMS não é fruto de um único setor, mas de uma base econômica diversificada. A prefeitura destaca o peso de atividades como logística, distribuição, indústria naval, construção civil e pesca, todas com forte incidência de ICMS e impacto direto no valor adicionado calculado pelo Estado.

Além disso, Itajaí se beneficia de incentivos fiscais à importação e do fato de ser um importante polo portuário, o que amplia o trânsito de mercadorias e operações tributadas. Esse conjunto de atividades, somado à cadeia de serviços associada ao porto e à malha logística, sustenta o desempenho diferenciado do município frente a outros polos industriais e comerciais catarinenses.

Na avaliação da equipe econômica, a combinação entre porto forte, setor produtivo diversificado e boa capacidade de gestão cria um ambiente mais estável para enfrentar oscilações econômicas e preparar a cidade para as mudanças trazidas pela reforma tributária.

R$ 1 bilhão em ICMS: impacto direto em serviços públicos

A projeção de cerca de R$ 1 bilhão em ICMS para 2026 não é apenas um número simbólico. Esse montante entra no caixa da prefeitura como recurso ordinário, ou seja, sem vinculação específica, o que permite ao governo municipal direcionar os valores para diferentes áreas conforme as prioridades da gestão.

Segundo a Secretaria da Fazenda, essa receita pode ser aplicada em educação, saúde, infraestrutura urbana e folha de pagamento, entre outras frentes. Na prática, isso significa mais capacidade para ampliar serviços públicos, manter obras estruturantes, reforçar equipes e garantir o funcionamento da máquina administrativa sem comprometer o equilíbrio das contas.

O governo municipal aponta que o equilíbrio fiscal foi restabelecido em 2025, após ações de saneamento das contas públicas. Com as finanças organizadas e uma arrecadação recorde de ICMS projetada, a estratégia é abrir um novo ciclo de investimentos em infraestrutura e serviços, com foco em sustentar um período prolongado de desenvolvimento para Itajaí.

Reforma tributária e a estratégia de longo prazo de Itajaí

A reforma tributária, que deve ser implementada ao longo das próximas décadas, é vista pela gestão como um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade. Para o secretário Rodrigo Silveira, o índice de 8,22% no IPM e a perspectiva de R$ 1 bilhão em ICMS em 2026 asseguram uma média mais elevada de receita, capaz de amortecer impactos da transição para o novo modelo tributário.

Na avaliação do município, chegar à reforma tributária na condição de Cidade mais rica de SC e líder na arrecadação de ICMS é um trunfo importante. Isso dá tempo e fôlego para ajustar políticas fiscais, revisar incentivos, modernizar a gestão e planejar investimentos de longo prazo sem rupturas bruscas na oferta de serviços públicos.

Silveira classificou o momento como um “marco histórico” para Itajaí, justamente porque a cidade une três fatores considerados fundamentais: liderança na arrecadação, equilíbrio fiscal reconstruído em 2025 e perspectiva concreta de um ciclo robusto de investimentos em infraestrutura e serviços essenciais. Para a equipe econômica, essa combinação coloca Itajaí em posição privilegiada no cenário catarinense e nacional.

E você, acredita que a Cidade mais rica de SC está usando bem essa liderança na arrecadação de ICMS para preparar Itajaí para a reforma tributária e para um novo ciclo de investimentos?

Autor

  • Maria Heloisa

    Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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