Entender como nascem os terremotos ajuda a explicar por que terremotos ligados a placas tectônicas na crosta terrestre podem gerar tsunami devastador e exigir monitoramento global constantEntender como nascem os terremotos ajuda a explicar por que terremotos ligados a placas tectônicas na crosta terrestre podem gerar tsunami devastador e exigir monitoramento global constant

Enquanto cientistas explicam como nascem os terremotos e revisam riscos, o movimento lento das placas tectônicas acumula tensão, rasga o fundo do mar, ergue montanhas, dispara tsunamis mortais e pode transformar cidades inteiras em ruínas em poucos segundos em qualquer continente hoje por falhas geológicas acumuladas ao longo de séculos

Em 11 de março de 2011, um forte terremoto no fundo do mar desencadeou o tsunami que devastou a costa leste do Japão em poucos minutos, deixando dezenas de cidades submersas e milhares de mortos. Em 25 de abril de 2015, um abalo sísmico de grande magnitude sacudiu o Nepal, derrubou casas, templos históricos e expôs ao mundo a força da colisão entre placas tectônicas na cordilheira do Himalaia. Diante de cenas como essas, volta sempre a mesma dúvida básica, mas decisiva: como nascem os terremotos que conseguem, em segundos, reescrever o mapa de uma região inteira.

Ao longo do século 20 e das primeiras décadas do século 21, grandes tremores na Ásia, no Pacífico e na costa oeste dos Estados Unidos mostraram que não se trata de fenômenos isolados. Os mesmos mecanismos que explicam como nascem os terremotos também ajudam a entender tsunamis gigantes, montanhas em crescimento e falhas geológicas que permanecem carregando energia durante décadas. A origem está escondida abaixo da crosta terrestre, numa engrenagem de placas rígidas que nunca ficam totalmente paradas.

A engrenagem invisível sob a crosta terrestre

Para entender como nascem os terremotos, é preciso começar pela estrutura do planeta. A camada externa da Terra não é um bloco sólido único, mas um mosaico de placas tectônicas de tamanhos diferentes, que flutuam sobre o manto, uma região mais profunda composta por rochas quentes e parcialmente fundidas.

Essas placas se movimentam alguns centímetros por ano, empurradas por correntes de convecção no interior do planeta. Quando o atrito impede o deslizamento suave e a tensão se acumula nas bordas, a rocha se deforma até o limite, rompe de forma súbita e libera energia em forma de ondas sísmicas. É exatamente nesse instante que nascem os terremotos. O ponto de ruptura no interior da Terra é o foco ou hipocentro. A projeção desse ponto na superfície recebe o nome de epicentro.

Placas que se separam e abrem fendas no fundo do mar

Uma parte importante da resposta sobre como nascem os terremotos está nas regiões em que as placas se afastam uma da outra. No meio do oceano Atlântico, por exemplo, duas grandes placas se separam lentamente, enquanto o magma sobe para preencher o espaço aberto, se resfria e forma nova crosta oceânica.

A Islândia é um caso emblemático dessa fronteira divergente emergindo em terra. A ilha cresce alguns centímetros por ano porque está situada exatamente sobre a região em que as placas se distanciam. Nessas áreas, os terremotos costumam ser frequentes, porém em geral mais rasos e menos destrutivos, já que a deformação se distribui em segmentos sucessivos da crosta, sem acúmulo extremo de tensão em um único ponto. Ainda assim, tremores moderados podem afetar infraestrutura, estradas e populações locais.

Placas que se chocam e levantam montanhas inteiras

Outra parte da explicação sobre como nascem os terremotos aparece nas zonas de colisão, onde placas convergem. Na Ásia, a placa indiana empurra contra a placa euroasiática há milhões de anos, comprimindo rochas, encurtando continentes e levantando a cordilheira do Himalaia. Montanhas que hoje se erguem a mais de oito mil metros são resultado direto dessa compressão contínua.

Quando a pressão acumulada ao longo da falha sob as montanhas é liberada, acontece um grande terremoto. Foi o que ocorreu em 2015, quando um tremor de alta magnitude atingiu o Nepal, destruiu casas, pontes e templos históricos e deixou um rastro de milhares de mortos e feridos. Nessas zonas de colisão continental, a mesma força que cria montanhas também gera alguns dos abalos sísmicos mais perigosos do planeta.

Quando o fundo do mar rompe e vira tsunami

Parte dos episódios mais dramáticos que ajudam a entender como nascem os terremotos tem origem no fundo do mar. Em várias áreas do Pacífico, uma placa oceânica mergulha por baixo de outra placa, num processo conhecido como subducção. A borda que afunda arrasta rochas, sedimentos e água, gerando zonas de alta pressão e atrito.

Quando uma porção dessa interface se rompe de forma brusca, o fundo do mar pode subir ou descer alguns metros em poucos segundos. Essa movimentação vertical desloca enormes volumes de água e gera ondas longas que se propagam em alta velocidade. É assim que um terremoto submarino pode dar origem a um tsunami gigante, como o que atingiu a costa leste do Japão em 11 de março de 2011 e transformou cidades inteiras em escombros. No mar aberto, a onda quase não se nota, mas, ao chegar em águas rasas perto da costa, ela ganha altura e poder de destruição.

Falhas como a de San Andreas e o acúmulo silencioso de energia

Nem sempre as placas se afastam ou se chocam de frente. Em alguns casos, elas deslizam lateralmente, uma ao lado da outra. É o que ocorre na falha de San Andreas, na costa oeste dos Estados Unidos, onde duas placas se encontram ao longo de aproximadamente mil quilômetros.

Nessas zonas de deslizamento lateral, a crosta acumula energia durante anos sem liberar grandes tremores. Quando o atrito é superado e o movimento acontece, a liberação é súbita. Por isso muitos pesquisadores descrevem a região como se estivesse sobre um barril de pólvora, em que se sabe que haverá um grande terremoto, mas não se sabe exatamente quando. Esse tipo de ambiente ajuda a ilustrar como nascem os terremotos em falhas ativas que cruzam áreas densamente urbanizadas.

Magnitude, profundidade e por que alguns tremores são quase invisíveis

Mesmo quando a dinâmica que explica como nascem os terremotos é a mesma, o impacto na superfície varia conforme três fatores principais. O primeiro é a magnitude, que mede a quantidade total de energia liberada. Pequenos abalos libertam pouca energia e costumam ser detectados apenas por sismógrafos. Grandes eventos liberam energia equivalente a milhares de bombas convencionais.

O segundo fator é a profundidade do foco. Terremotos mais rasos, próximos da superfície, transferem com mais eficiência a energia para construções, estradas e redes de serviço, gerando danos maiores. Tremores mais profundos tendem a ser sentidos em áreas mais amplas, porém com menor intensidade local. O terceiro fator é a qualidade das construções. Regulamentos rígidos de engenharia sísmica podem reduzir drasticamente o número de mortos mesmo em eventos de alta magnitude, enquanto edificações frágeis entram em colapso com abalos moderados.

Brasil e o mapa global dos terremotos

Ao analisar como nascem os terremotos, os mapas de risco sísmico mostram que os episódios mais fortes se concentram nas bordas das placas, ao longo de cinturões como o Pacífico e regiões de colisão continental na Ásia. O Brasil está afastado dessas bordas e se encontra no interior de uma grande placa, por isso não registra os megaterremotos vistos em países como Japão, Chile ou Estados Unidos.

Isso não significa ausência total de risco. O país sente tremores pequenos e moderados ligados a ajustes internos da placa, reativações de falhas antigas e impactos indiretos de ondas sísmicas que se propagam a grandes distâncias. Mesmo longe das zonas críticas, entender como nascem os terremotos é fundamental para planejar obras de infraestrutura, barragens, usinas e grandes cidades com margens de segurança adequadas.

Diante de tudo isso, você acha que os países mais expostos já fazem o suficiente em códigos de construção e sistemas de alerta para lidar com como nascem os terremotos ou o mundo ainda subestima o poder destrutivo desses abalos na hora de planejar cidades e infraestrutura?

Autor

  • Bruno Teles

    Falo sobre tecnologia, inovação, automotivo e curiosidades. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro.
    Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil.
    Alguma sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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