Deputado Sóstenes Cavalcante é alvo da Operação Galho Fraco após apreensão de dinheiro vivo ligado a cotas parlamentares pela Polícia Federal em flat Brasília.Deputado Sóstenes Cavalcante é alvo da Operação Galho Fraco após apreensão de dinheiro vivo ligado a cotas parlamentares pela Polícia Federal em flat Brasília.

Em 19 de dezembro de 2025, Deputado Sóstenes Cavalcante tem 430 mil em espécie apreendidos em flat em Brasília, alega venda de imóvel em Minas, vira alvo da Operação Galho Fraco e pressiona o PL em Brasília, investigação da PF sobre cotas parlamentares questiona origem do dinheiro vivo apreendido ali.

Em 19 de dezembro de 2025, o Deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, veio a público para tentar explicar a origem de cerca de 430 mil reais em dinheiro vivo apreendidos pela Polícia Federal em um flat alugado em Brasília. A quantia foi encontrada durante diligências da Operação Galho Fraco, que investiga suspeitas de desvio de recursos ligados às cotas parlamentares e acendeu um debate imediato sobre transparência e fiscalização dos gastos de gabinetes.

No mesmo dia, ao detalhar sua versão sobre o episódio, o Deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que o montante seria fruto da venda recente de um imóvel localizado em Minas Gerais, pago integralmente em espécie, lacrado e identificado, e que ainda não teria sido depositado por conta da rotina de deslocamentos e compromissos políticos. A narrativa, porém, deixou pontos em aberto, especialmente pela ausência de informações sobre o comprador e a cidade do bem, em um contexto em que operações em dinheiro vivo de alto valor costumam ser vistas com desconfiança pelos órgãos de controle.

PF encontra 430 mil reais em espécie em flat alugado em Brasília

Segundo a investigação, o dinheiro foi localizado em um flat alugado em Brasília e usado pelo Deputado Sóstenes Cavalcante. A apreensão ocorreu durante cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pelo Supremo Tribunal Federal, no âmbito da Operação Galho Fraco, que mira suspeitas de desvios de recursos das cotas parlamentares.

Os cerca de 430 mil reais estavam em espécie, o que, por si só, é considerado um sinal de alerta. Para investigadores, grandes quantias em dinheiro vivo indicam necessidade de rastreamento mais rigoroso da origem e do destino dos recursos, uma vez que transações de alto valor são, em regra, realizadas por meio eletrônico, permitindo a rastreabilidade das operações financeiras.

Como o Deputado Sóstenes Cavalcante tenta justificar a origem do dinheiro

Em declaração pública, o Deputado Sóstenes Cavalcante afirmou que os 430 mil reais correspondem ao pagamento pela venda de um imóvel em Minas Gerais, adquirido após as eleições de 2022 e declarado no seu Imposto de Renda. Segundo ele, o valor teria sido recebido recentemente em espécie, acondicionado em pacotes lacrados e identificados, e ainda não havia sido depositado em razão da correria da agenda em Brasília.

O parlamentar sustenta que a operação seria totalmente lícita e que existem documentos capazes de comprovar a transação imobiliária e o vínculo entre o dinheiro apreendido e a venda do bem. Mesmo assim, o próprio Deputado Sóstenes Cavalcante não revelou o nome do comprador, nem a cidade em que o imóvel está localizado em Minas, o que mantém dúvidas em torno da justificativa, especialmente diante de padrões usuais de transações imobiliárias de alto valor, que geralmente utilizam transferências bancárias ou outros meios rastreáveis.

O que é a Operação Galho Fraco e quem está na mira

A Operação Galho Fraco, que alcançou o Deputado Sóstenes Cavalcante, foi aberta pela Polícia Federal para investigar possíveis desvios de recursos das cotas parlamentares, verbas públicas destinadas a custear atividades do mandato, como aluguel de escritórios, passagens, consultorias e serviços de apoio aos gabinetes. A suspeita central é de que parte dessas despesas poderia ter sido simulada ou inflada para desviar dinheiro público.

Nesta fase da investigação, a PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, com autorização do STF. Além do Deputado Sóstenes Cavalcante, o deputado federal Carlos Jordy, também do PL, foi alvo de diligências, com apreensão de celulares, documentos e valores em espécie. Os crimes sob apuração incluem, entre outros, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ainda em fase de coleta de provas e sem denúncia formal apresentada até o momento.

Por que dinheiro vivo em hotel acende alerta em órgãos de controle

A apreensão de 430 mil reais em espécie em um flat usado pelo Deputado Sóstenes Cavalcante não é tratada como um detalhe secundário pelos órgãos de controle. No padrão de monitoramento do sistema financeiro, operações imobiliárias e negócios de grande porte são normalmente realizados por transferência bancária, cheque administrativo ou outros meios com registro formal, o que facilita a verificação da origem dos recursos e a comunicação obrigatória aos órgãos de fiscalização.

Quando um agente público é flagrado com grande quantidade de dinheiro vivo em um hotel, o fato tende a acionar mecanismos adicionais de checagem sobre compatibilidade entre renda declarada, patrimônio, movimentação financeira e eventual comunicação ao Coaf, responsável por analisar operações suspeitas. No caso do Deputado Sóstenes Cavalcante, a confirmação de que o valor corresponde de fato à venda do imóvel em Minas dependerá da documentação apresentada, de cruzamentos fiscais e de eventuais depoimentos de envolvidos na negociação.

Impactos políticos para Deputado Sóstenes Cavalcante e para o PL

A repercussão do caso é amplificada pela posição do Deputado Sóstenes Cavalcante como líder do PL na Câmara dos Deputados. Ao envolver o principal líder da bancada em um episódio de dinheiro vivo apreendido em flat, a Operação Galho Fraco pressiona não apenas o parlamentar, mas também a direção nacional do partido, que passa a ser cobrada por explicações públicas e posicionamento interno.

Em um cenário de alta polarização política, episódios como o do Deputado Sóstenes Cavalcante tendem a ser explorados por adversários e a gerar desconforto entre aliados, que temem desgaste da imagem da legenda junto ao eleitorado. A forma como o PL vai administrar a crise, se optará por uma defesa firme do parlamentar, por um distanciamento calculado ou por medidas internas adicionais, ainda é uma variável aberta no tabuleiro político.

Próximos passos da investigação e cenário jurídico do caso

Do ponto de vista jurídico, os desdobramentos para o Deputado Sóstenes Cavalcante dependerão da análise da PF e do Ministério Público sobre documentos, movimentações bancárias e eventual conexão entre as cotas parlamentares e contratos suspeitos. Como se trata de parlamentar com foro por prerrogativa de função, o STF acompanha de perto o caso e é o responsável por autorizar novas fases da Operação Galho Fraco, como quebras de sigilo e eventuais medidas cautelares adicionais.

Até o momento, o processo segue em fase de investigação, sem denúncia formal. A consistência da versão apresentada pelo Deputado Sóstenes Cavalcante sobre a venda do imóvel em Minas e a origem do dinheiro vivo apreendido será um dos pontos centrais dessa análise, assim como a eventual existência de fluxo financeiro incompatível com a renda e o patrimônio declarados. A partir dos elementos reunidos, caberá ao Ministério Público decidir se pedirá o arquivamento, o aprofundamento das diligências ou o oferecimento de denúncia ao Supremo.

Diante de um caso em que o líder de bancada aparece com 430 mil reais em espécie em um flat e passa a ser investigado na Operação Galho Fraco, você considera mais consistente a versão apresentada pelo Deputado Sóstenes Cavalcante ou vê a apreensão de dinheiro vivo como um sinal grave que exige explicações muito mais detalhadas?

Autor

  • Bruno Teles

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