A partir de 21 de novembro de 2025, o INSS torna o cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios, obriga segurados a apresentar biometria ligada à Carteira de Identidade Nacional, define prazos escalonados até 2028, preserva benefícios em andamento e reforça o combate a fraudes no sistema previdenciário em todo país
A partir de 21 de novembro de 2025, o INSS passou a exigir cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios, vinculando cada pedido de aposentadoria, pensão ou auxílio a uma identificação digital previamente registrada. A medida foi anunciada em Brasília como parte de uma ofensiva para reduzir fraudes e garantir que os recursos cheguem apenas a quem tem direito de fato.
Segundo o próprio instituto, a mudança começa pelos novos requerimentos, mas será expandida de forma gradual até 2028, quando a Carteira de Identidade Nacional deve se consolidar como documento único para biometria. O órgão promete que aposentados, pensionistas e beneficiários atuais não terão pagamentos bloqueados automaticamente e só serão chamados para atualização após comunicação individual com antecedência.
O que muda nos novos pedidos feitos ao INSS
Na prática, qualquer cidadão que solicitar um novo benefício ao INSS a partir de 21 de novembro de 2025 terá de comprovar identidade por meio de biometria aceita pelo governo. A regra vale para pedidos feitos pelos canais digitais e para os atendimentos presenciais.
Nesta fase inicial, o instituto admite três fontes de biometria para viabilizar o cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios
Carteira de Identidade Nacional (CIN)
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Cadastro da Justiça Eleitoral, via Título de Eleitor
Ou seja, se o segurado já possui biometria em algum desses bancos de dados oficiais, o sistema poderá reutilizar essas informações para validar o novo benefício. Quem não tiver nenhuma biometria cadastrada será progressivamente empurrado para emissão da nova CIN, que vai concentrar a identificação do cidadão em um único documento.
Cronograma da biometria até 2028
O INSS divulgou um cronograma em três etapas para consolidar o uso da biometria e, no fim do período, concentrar tudo na Carteira de Identidade Nacional
A partir de 21 de novembro de 2025
Qualquer novo pedido de benefício exige que o cidadão tenha algum cadastro biométrico aceito. Nesta fase, continuam válidas as biometrias presentes na CIN, na CNH ou no cadastro eleitoral. Quem já tem biometria em ao menos um desses sistemas consegue avançar com o pedido sem etapas adicionais.
A partir de 1º de maio de 2026
Entra em vigor uma segunda restrição. Quem solicitar novo benefício e não tiver biometria em nenhum dos três bancos aceitos terá de emitir a Carteira de Identidade Nacional para dar andamento ao requerimento. Para segurados já biometrizados, nada muda nesta etapa.
A partir de 1º de janeiro de 2028
O cronograma se fecha. A CIN passa a ser o único documento aceito para fins de biometria em todos os requerimentos e manutenções de benefícios no INSS. Na prática, o cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios e para atualizações de benefícios antigos fica totalmente centralizado na identidade nacional, simplificando a checagem de quem está na folha de pagamento da Previdência.
Quem está dispensado da obrigatoriedade de biometria
Mesmo com o novo padrão mais rígido, a regulamentação prevê exceções. Enquanto o poder público não oferecer alternativas adequadas, ficam dispensados da exigência de cadastro biométrico
• Pessoas com mais de 80 anos
• Pessoas com dificuldade de deslocamento por motivo de saúde, desde que haja comprovação
• Moradores de áreas de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas atendidas pelo programa PREVBarco
• Migrantes em situação de refúgio e apátridas
• Residentes no exterior
Há ainda dispensas temporárias, válidas para quem fizer determinados pedidos até 30 de abril de 2026. Até essa data, não será exigido cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios nas seguintes situações
• Requerimento de salário maternidade
• Requerimento de benefício por incapacidade temporária
• Requerimento de pensão por morte
Passado o prazo, esses grupos tendem a ser incorporados ao regime geral de biometria, salvo se novas normas forem editadas.
Impacto para aposentados, pensionistas e benefícios em andamento
Um ponto central do anúncio foi a tentativa de afastar o temor de cortes automáticos. O próprio INSS enfatiza que quem já é aposentado, pensionista ou recebe algum auxílio não precisa tomar nenhuma providência imediata.
De acordo com o órgão, a implantação do cadastro biométrico entre os beneficiários ativos será gradual, sem desligamentos em massa. Quando for necessária atualização, o INSS promete enviar um comunicado individual, com antecedência, orientando o segurado a providenciar a Carteira de Identidade Nacional e a biometria correspondente, “sem qualquer impacto no recebimento do seu pagamento” enquanto o prazo estiver em aberto.
Na prática, isso cria dois ritmos diferentes o das pessoas que ainda vão entrar no sistema, já submetidas ao cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios, e o dos atuais beneficiários, que serão convocados aos poucos, dentro de um cronograma próprio e ainda não detalhado publicamente.
Como a biometria se encaixa na guerra contra fraudes
O INSS enquadra a nova exigência como parte de uma estratégia mais ampla de modernização dos controles e de combate a irregularidades. Ao atrelar cada pedido à biometria da Carteira de Identidade Nacional, o instituto reduz a margem para uso de documentos falsos, identidades múltiplas e intermediação fraudulenta de benefícios.
A medida também facilita o cruzamento de dados com outros cadastros federais e estaduais, permitindo verificar se o mesmo CPF tenta receber benefícios duplicados ou se há inconsistências entre dados pessoais, histórico trabalhista e registros de óbito. Na visão do instituto, a digitalização e o uso intensivo de biometria são instrumentos para garantir que o dinheiro público chegue “a quem realmente tem direito”, sem sacrificar quem depende legitimamente da Previdência.
Ao mesmo tempo, o foco na CIN como documento único tende a reorganizar a relação do cidadão com o próprio Estado. Quem não se antecipar à transição e não providenciar a identidade nacional pode enfrentar atrasos na concessão de benefícios futuros, justamente porque o cadastro biométrico obrigatório para novos benefícios passa a ser condição de entrada no sistema.
Você já tirou a Carteira de Identidade Nacional ou pretende esperar até que o INSS exija seu cadastro biométrico na hora de pedir ou manter um benefício?

