Megaprojeto de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, investe R$ 22 bilhões, gera até 10 mil empregos, produz 2,55 milhões de toneladas anuais, exporta energia verde e obriga a pequena cidade a reinventar serviços, infraestrutura, educação, moradia, planejamento urbano e desenvolvimento local sustentável.
Ribas do Rio Pardo, cidade de 24.152 habitantes em Mato Grosso do Sul, já sente os efeitos do Megaprojeto de celulose da Suzano, que saiu do papel há cerca de 30 meses e entrou em operação plena em tempo recorde. Entre o início das obras e a fase atual, o investimento de R$ 22 bilhões redesenhou a economia municipal e colocou o município em um novo patamar no mapa industrial brasileiro.
Ao longo desse período, o Megaprojeto chegou a mobilizar mais de 10 mil trabalhadores na construção da planta e consolidou, em menos de um ano de operação, uma produção nominal de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano. A fábrica, equipada com tecnologia de ponta e sistemas de energia renovável, passou a ser vista como referência global no setor, enquanto a cidade corre para adaptar infraestrutura, serviços públicos e planejamento urbano ao novo ritmo de crescimento.
Megaprojeto muda mapa econômico de Ribas do Rio Pardo
Antes da chegada da Suzano, Ribas do Rio Pardo era conhecida principalmente como área de base florestal, com economia modesta, fluxo comercial limitado e poucos serviços estruturados em hotelaria, alimentação, construção civil e comércio especializado. O Megaprojeto de celulose alterou esse cenário de forma abrupta.
Com a implantação da fábrica, a arrecadação municipal cresceu, o número de empresas instaladas aumentou e o município passou a atrair fornecedores, prestadores de serviço e novos investimentos em infraestrutura urbana e regional. O que era uma cidade pequena, de perfil interiorano, ganhou contornos de polo industrial e logístico, com fluxo constante de caminhões, profissionais qualificados e capital privado.
A planta industrial da Suzano, concebida para operar em larga escala desde o primeiro momento, alcançou rapidamente sua capacidade nominal de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, algo pouco comum no setor. Isso reposicionou a cidade na cadeia global de celulose, elevando o peso de Ribas do Rio Pardo nas estatísticas de produção e exportação do segmento.
Cidade pequena atrai milhares de novos moradores e negócios
A transformação provocada pelo Megaprojeto não se limitou às planilhas de produção ou à arrecadação fiscal. A dinâmica urbana foi profundamente alterada, com impacto direto na vida cotidiana dos moradores.
Estimativas apontam a chegada de cerca de 6 mil novos habitantes, com possibilidade de o acréscimo populacional ultrapassar 10 mil pessoas ao longo dos próximos anos, à medida que a operação se consolida. Isso representa um impacto significativo para uma cidade que tinha por volta de 20 a 25 mil habitantes antes da fábrica.
O ciclo de obras e montagem atraiu trabalhadores de diversas regiões do país, que passaram a demandar moradia, alimentação, transporte, lazer, saúde e educação. Na esteira do Megaprojeto surgiram novos hotéis, alojamentos, restaurantes, supermercados, lojas de materiais de construção, oficinas, prestadores de serviço e pequenos negócios em geral, ampliando o ecossistema econômico local.
Com a operação estabilizada, o movimento não cessou, apenas mudou de natureza: em vez do fluxo intenso de operários temporários, a cidade passou a receber profissionais especializados ligados às áreas industrial, florestal, logística e de serviços de apoio, consolidando um novo perfil de população economicamente ativa.
Empregos, renda e pressão sobre serviços públicos
No pico da construção, o Megaprojeto da Suzano em Ribas do Rio Pardo chegou a gerar algo em torno de 10 a 11 mil empregos diretos, ao longo de aproximadamente 30 meses de obras e montagem. Esse contingente de trabalhadores movimentou o comércio, impulsionou o setor imobiliário e elevou a renda disponível na economia local.
Na fase atual, com a planta em operação, cerca de 3 mil profissionais permanecem empregados diretamente nas frentes industrial, florestal e logística, sustentando uma nova base de empregos permanentes para o município. Esse quadro tem efeito multiplicador sobre serviços como transporte, alimentação, manutenção, educação técnica e outros segmentos empresariais.
Ao mesmo tempo, o aumento da atividade econômica e da população trouxe pressão adicional sobre os serviços públicos. A cidade passou a lidar com desafios típicos de centros em rápida expansão, como:
- necessidade de ampliar a rede de saúde, com mais capacidade de atendimento e estrutura hospitalar
- demanda crescente por vagas em creches, escolas e cursos de formação técnica
- aumento na procura por moradia, tanto para compra como para aluguel
- exigência de melhorias em saneamento, abastecimento de água, coleta de resíduos e mobilidade urbana
A Suzano declara ter investido mais de R$ 300 milhões em projetos sociais e de infraestrutura urbana, incluindo habitação, saúde, educação e segurança. Mesmo assim, o ritmo das mudanças exige coordenação permanente entre empresa, poder público e comunidade para evitar gargalos e desequilíbrios sociais.
Tecnologia de ponta, automação e planta referência
Parte do protagonismo do Megaprojeto em Ribas do Rio Pardo vem da combinação entre escala produtiva e uso intensivo de tecnologia. A fábrica utiliza soluções da ANDRITZ, além de sistemas avançados de automação, digitalização e controle integrado de processos.
Desde os primeiros meses, o objetivo foi conectar rapidamente as diferentes áreas da operação, reduzindo o tempo até a estabilidade produtiva. Planejamento detalhado, treinamento de equipes e automação em larga escala permitiram que a planta alcançasse a capacidade nominal de 2,55 milhões de toneladas anuais em prazo considerado curto para o setor.
No complexo industrial, ganham destaque recursos como:
- sistemas de gaseificação e recuperação química
- aplicação de robótica em áreas específicas, reduzindo riscos e aumentando a precisão operacional
- monitoramento em tempo real de variáveis críticas de produção, segurança e eficiência energética
Um dos diferenciais tecnológicos é a planta SulfoLoop, que garante autossuficiência na produção de ácido sulfúrico, insumo estratégico para o processo industrial de celulose. Com isso, o Megaprojeto reduz a dependência de fornecedores externos, aumenta a previsibilidade de custos e reforça o controle sobre um componente-chave da operação.
Energia verde, logística florestal e competitividade
Além da celulose, o Megaprojeto da Suzano em Ribas do Rio Pardo se consolidou como exportador de energia renovável. A fábrica gera um excedente médio de cerca de 180 MW, volume suficiente para abastecer uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.
Essa energia verde, proveniente principalmente do uso de biomassa, fortalece a competitividade do empreendimento e se alinha a estratégias de descarbonização e metas de emissões da companhia, dialogando com agendas globais de sustentabilidade.
No campo logístico, o projeto foi concebido para aproveitar ao máximo a base florestal da região, com um raio médio de aproximadamente 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a planta industrial. Essa configuração reduz tempo de transporte, custos operacionais e emissões, além de diminuir a pressão sobre a malha viária em distâncias maiores.
O alinhamento entre florestas plantadas, infraestrutura viária e operação industrial cria um modelo observado por outros atores do setor de celulose, que veem em Ribas do Rio Pardo um caso de estudo em escala, eficiência logística e mitigação de impactos ambientais.
Desafios futuros para qualidade de vida na cidade
Se por um lado o Megaprojeto da Suzano trouxe empregos, renda e projeção internacional para Ribas do Rio Pardo, por outro colocou o município diante de uma agenda complexa de crescimento com qualidade de vida.
Entre os principais desafios para os próximos anos estão:
- consolidar um planejamento urbano integrado, evitando ocupações desordenadas e carência de serviços essenciais
- ampliar e qualificar a rede de saúde e educação, com foco em formação técnica e superior ligada à indústria e à economia local
- fortalecer programas ambientais, de monitoramento e compensação, garantindo o uso responsável de recursos naturais
- estimular novos negócios e diversificação econômica, reduzindo a dependência exclusiva da cadeia de celulose
O futuro de Ribas do Rio Pardo dependerá de como o poder público, a Suzano e a sociedade local irão conduzir essa transição de cidade de base florestal para polo industrial global de celulose e energia renovável. A experiência pode se tornar referência para outros municípios que buscam atrair grandes investimentos sem perder o foco em inclusão social e sustentabilidade.
FAQ rápido sobre o Megaprojeto da Suzano em Ribas do Rio Pardo
Qual é a capacidade anual de produção da fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo?
A unidade da Suzano instalada na cidade produz aproximadamente 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, operando em padrão de grande escala e alta eficiência.
Quantas pessoas trabalham hoje diretamente ligadas ao Megaprojeto?
Cerca de 3 mil profissionais atuam atualmente nas frentes industrial, florestal e logística do complexo de celulose e suas operações associadas.
Qual foi o número máximo de trabalhadores durante a construção da fábrica?
No auge das obras, ao longo de aproximadamente 30 meses, mais de 10 mil trabalhadores participaram da construção e montagem da planta.
Por que a planta de Ribas do Rio Pardo é considerada referência internacional?
O Megaprojeto se destaca pela combinação de tecnologia da ANDRITZ, automação avançada, autossuficiência em ácido sulfúrico, geração de energia verde, base florestal otimizada e rápida entrada em regime máximo de produção, o que o coloca como caso de referência no setor de celulose.


[…] Em caso de dúvida, o beneficiário deve buscar diretamente os canais oficiais do INSS ou o atendime… […]
[…] Isolamento acústico e conforto interno de casa “grande” […]