Em 2026, o INSS ajusta idade mínima e regra de pontos, muda o tempo de contribuição e impacta a aposentadoria pelo INSS de quem planeja o benefício.Em 2026, o INSS ajusta idade mínima e regra de pontos, muda o tempo de contribuição e impacta a aposentadoria pelo INSS de quem planeja o benefício.

O INSS confirmou que as regras de transição da Reforma da Previdência voltam a subir em 2026, aumentando idade mínima, pontuação e exigências para concessão das aposentadorias. As mudanças valem para quem já contribuía antes de 2019, mas ainda não tinha direito adquirido ao benefício quando a reforma entrou em vigor.

Em 10 de dezembro de 2025, o INSS detalhou que a transição previdenciária não acabou e que, em 2026, ficará mais difícil se aposentar pelas regras de idade mínima e pontos, com impactos diretos sobre o planejamento de quem está perto de cumprir os requisitos. As novas exigências afetam especificamente os trabalhadores que já contribuíam antes da reforma de 2019 e continuam ativos, sem benefício concedido.

Segundo o INSS, as alterações seguem o cronograma previsto na Emenda Constitucional 103, que determinou uma elevação gradual da idade mínima e da pontuação exigida até o fim da transição, em 2031, para quem já estava no sistema. A cada ano, os parâmetros sobem um pouco e, na prática, quem não se encaixar nos requisitos até 31 de dezembro de 2025 precisará enfrentar as regras mais duras que passam a valer em 2026.

Como a reforma de 2019 ainda muda a aposentadoria pelo INSS em 2026

A Reforma da Previdência, aprovada em novembro de 2019, alterou de forma estrutural as regras de aposentadoria no país. Para novos segurados, as idades mínimas e fórmulas já estão definidas. Para quem já contribuía antes da mudança, o INSS aplica regras de transição, que sobem ano a ano.

Essas regras de transição foram desenhadas para evitar uma ruptura brusca, mas criam um cenário em que cada ano de atraso na solicitação pode exigir mais idade ou mais pontos. Em 2026, essa lógica continua: idade mínima e pontuação sobem novamente, apertando o funil para quem está perto de se aposentar pelo INSS.

Idade mínima progressiva em 2026 para mulheres e homens

Pela regra de idade mínima progressiva, o INSS informou que, em 2026, poderão se aposentar:

Mulheres com 59 anos e 6 meses de idade e 30 anos de contribuição
Homens com 64 anos e 6 meses de idade e 35 anos de contribuição

Ou seja, a idade mínima sobe em relação a 2025, mantendo a exigência de tempo mínimo de contribuição, mas adicionando seis meses de idade em cada faixa. Quem não completar simultaneamente idade e tempo de contribuição dentro do ano-calendário precisará aguardar o próximo ajuste, quando os parâmetros voltarão a subir.

Para quem está perto de fechar os requisitos, isso significa que atrasar o pedido pode levar à necessidade de trabalhar mais tempo do que o planejado, inclusive com impacto no valor final da aposentadoria pelo INSS.

Regra de pontos em 2026: 93 para mulheres e 103 para homens

Além da idade mínima progressiva, continua valendo a regra de pontos, que soma idade e tempo de contribuição. De acordo com o governo, em 2026 será necessário atingir:

93 pontos para mulheres
103 pontos para homens

Em ambos os casos, permanece a exigência de tempo mínimo de contribuição. Na prática, isso quer dizer que não basta ter muitos anos de carteira assinada se a idade ainda não for suficiente para fechar a pontuação exigida.

A regra de pontos pelo INSS foi criada para oferecer uma alternativa à idade mínima pura, mas segue a mesma lógica de endurecimento gradual. A cada ano, a pontuação sobe, até atingir, no fim da transição, o teto de 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens, quando o escalonamento deixa de avançar.

Regras de pedágio continuam válidas para quem estava perto da aposentadoria

Em paralelo à idade mínima progressiva e à regra de pontos, o INSS mantém em vigor as regras de pedágio, destinadas a quem estava muito próximo de se aposentar quando a reforma entrou em vigor, em novembro de 2019. Nessas modalidades, o trabalhador precisa cumprir um tempo adicional de contribuição proporcional ao que faltava na data da mudança.

Segundo o INSS, o pedágio pode ser de 50 por cento ou 100 por cento do período faltante, dependendo da regra escolhida. Essas regras de pedágio não sofrem os mesmos ajustes anuais de idade e pontuação, mas exigem cálculos mais detalhados para verificar se, em 2026, ainda são a alternativa mais vantajosa para o segurado em comparação com idade mínima progressiva ou pontos.

Como o INSS calcula o valor do benefício em 2026

O INSS informou que o cálculo da aposentadoria em 2026 seguirá o modelo definido pela reforma. O valor parte da média de todas as contribuições feitas desde julho de 1994, sem descartar as mais baixas, o que reduz o espaço para distorções.

A regra estabelece que o valor inicial da aposentadoria começa em 60 por cento dessa média salarial. A partir daí, o segurado ganha mais 2 por cento a cada ano de contribuição além do mínimo exigido. Isso significa que continuar contribuindo depois de atingir o tempo mínimo aumenta o percentual aplicado sobre a média e pode elevar o benefício até o limite máximo permitido.

Na prática, quem pretende se aposentar em 2026 precisa olhar ao mesmo tempo para idade, pontos e tempo de contribuição, avaliando se vale a pena esperar um pouco mais para melhorar o valor ou se é mais indicado solicitar assim que cumprir a combinação mínima exigida pelo INSS.

Quem terá direito de se aposentar em 2026 pelas regras do INSS

De acordo com o INSS, poderá solicitar aposentadoria em 2026 o trabalhador que cumprir uma das seguintes condições principais:

Atingir a idade mínima progressiva de 59 anos e 6 meses para mulheres, ou 64 anos e 6 meses para homens, com o tempo mínimo de contribuição exigido
Alcançar a pontuação mínima na regra de pontos, de 93 pontos para mulheres e 103 pontos para homens, respeitando o tempo mínimo de contribuição
Cumprir os requisitos das regras de pedágio, quando aplicáveis, com o tempo adicional de 50 por cento ou 100 por cento do período que faltava em 2019

A nova legislação previdenciária também definiu os limites finais da transição. Ao fim do escalonamento, as idades mínimas obrigatórias ficarão em 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, enquanto o teto da regra de pontos será de 100 pontos para mulheres e 105 para homens. Até lá, quem pretende se aposentar pelo INSS seguirá enfrentando ajustes anuais nas exigências, inclusive em 2026.

Na sua situação concreta, você já sabe se, pelas regras do INSS para 2026, terá mais vantagem em se aposentar pela idade mínima, pela regra de pontos ou por alguma modalidade de pedágio?

Autor

  • Bruno Teles

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