Em um hangar isolado em Gavião Peixoto, a primeira fábrica de caças no Brasil abre as portas para mostrar como o primeiro caça supersônico Gripen, novo avião de guerra brasileiro da Força Aérea Brasileira Gripen, ganha forma com tecnologia embarcada digna de um centro de comando voador.
O Brasil deu um passo histórico ao construir o primeiro caça supersônico Gripen em território nacional, dentro de um centro industrial cercado por sigilo, protocolos de segurança e acesso extremamente controlado. Pela primeira vez, uma equipe de TV entrou no coração desse projeto para ver de perto o avião capaz de voar a cerca de 2.400 km/h, operar 30 computadores de bordo ao mesmo tempo e lançar até nove mísseis por missão, tornando esse avião de guerra brasileiro o mais avançado da nossa história.
Ao mesmo tempo, o país consolida a estrutura de uma verdadeira fábrica de caças no Brasil, algo inédito na América Latina, combinando engenharia sueca e participação direta de empresas brasileiras em praticamente todas as etapas.
Enquanto isso, a Força Aérea Brasileira Gripen já testa o modelo em missões reais de treinamento, enquanto pilotos vivem a experiência de guerra moderna em um simulador de voo Gripen que reproduz com fidelidade o cockpit e as manobras do novo caça.
Um hangar isolado onde nasce o primeiro caça supersônico Gripen
A jornada até o primeiro caça supersônico Gripen começa em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, a cerca de 300 quilômetros da capital. Ali funciona a primeira fábrica de caças no Brasil, um complexo cercado por controle de acesso rígido, áreas sigilosas e um hangar totalmente isolado do mundo exterior.
Dentro desse hangar, apenas pessoal autorizado entra. Câmeras, celulares e qualquer equipamento de registro são proibidos.
É nesse ambiente que a equipe de TV conseguiu autorização especial para registrar a linha de montagem do primeiro caça supersônico Gripen construído em solo brasileiro, um projeto que o próprio Exército e a Aeronáutica tratam como sensível para a segurança nacional.
Logo de cara, a escala do desafio impressiona. Em uma aeronave com pouco mais de 15 metros de comprimento, técnicos instalam cerca de 300 metros de canos e 35 quilômetros de cabos, que alimentam sistemas hidráulicos, elétricos, de combustível, comunicação e missão. Cada conector, cada trecho de fiação e cada tubo faz parte de uma arquitetura pensada para guerra real, onde falhas não são toleradas.
O computador com asas: o avião de guerra brasileiro mais tecnológico da história
Entre os militares, o Gripen ganhou um apelido que diz muito sobre sua complexidade: computador com asas. Na prática, porém, ele não é um computador, mas sim uma rede de aproximadamente 30 computadores interligados, coordenando sensores, radares, armas, comunicação, autoproteção e sistemas de missão.
Esses módulos eletrônicos permitem que o avião de guerra brasileiro adapte seu comportamento a cada cenário. Em uma configuração, o primeiro caça supersônico Gripen pode atuar em missão de combate ar ar, derrubando aeronaves inimigas com mísseis de longo alcance.
Em outra, pode ser configurado para ataque ao solo, com bombas guiadas e mísseis ar terra. Em outra ainda, atua como vetor de reconhecimento, recebendo e retransmitindo dados para outras unidades.
O cockpit reflete essa filosofia. O piloto controla praticamente tudo pelas mãos, com um manche lateral e a manete de potência concentrando comandos de voo, sistemas, armas e comunicações.
À sua frente, telas multifunção exibem um quadro tático consolidado: alvos, aliados, ameaças, rotas de fuga, níveis de combustível e o estado da própria aeronave.
Além disso, as informações aparecem também no visor integrado ao capacete, permitindo que o piloto mantenha a cabeça erguida e os olhos voltados para o ambiente externo.
É esse nível de integração que transforma o primeiro caça supersônico Gripen no centro nervoso da Força Aérea Brasileira Gripen, capaz de tomar decisões rápidas com base em dados complexos, em missões onde segundos fazem a diferença.
Da Suécia ao interior de São Paulo: como nasce a fábrica de caças no Brasil
O Gripen é uma aeronave sueca, desenvolvida pela Saab, mas o acordo firmado com o governo brasileiro vai muito além da simples compra de aviões prontos. O contrato prevê transferência de tecnologia, treinamento de equipe e participação direta de profissionais brasileiros em todas as etapas, tanto na Suécia quanto no Brasil.
Cerca de 350 especialistas brasileiros passaram temporadas na fábrica sueca, aprendendo processos, padrões de qualidade e técnicas específicas para o primeiro caça supersônico Gripen.
Eles levaram a família, enfrentaram neve, clima extremo e rotina intensa de trabalho, para depois voltar e aplicar esse conhecimento na nova fábrica de caças no Brasil.
O resultado é claro: o que começou com aeronaves fabricadas integralmente na Suécia evolui agora para um modelo de produção em que o avião de guerra brasileiro nasce em Gavião Peixoto, com integração local de sistemas e crescente nacionalização de componentes.
Não é apenas a compra de um vetor de combate, mas a construção de uma capacidade industrial que o país nunca teve.
Como a Força Aérea Brasileira Gripen pretende usar o novo caça
Hoje, a Força Aérea Brasileira Gripen já opera sete unidades que vieram prontas da Suécia. Elas estão baseadas em Anápolis, em Goiás, e já participaram de exercícios internacionais, como o treinamento em Natal que reuniu aeronaves de 16 países.
O primeiro caça supersônico Gripen foi pensado para combater em um contexto de guerra eletrônica intensa. Ele reúne sensores avançados, radares modernos, sistemas de autoproteção, alta resistência a interferências e a capacidade de atuar em rede com outras aeronaves, radares terrestres e centros de comando.
Em termos práticos, isso significa que o Brasil passa a ter um avião de guerra brasileiro capaz de enxergar longe, processar grandes volumes de informação e operar de forma coordenada com outras plataformas.
Outro diferencial tático é a capacidade de reabastecimento em voo. Como todo caça, o Gripen tem tanques relativamente pequenos em comparação a grandes aviões de transporte, mas com a sonda de reabastecimento ele pode receber combustível em pleno ar, a partir de aeronaves tanque.
Na prática, isso transforma o primeiro caça supersônico Gripen em um vetor de longo alcance, capaz de defender grandes áreas do território nacional sem precisar pousar com frequência.
Do simulador de voo Gripen ao limite do corpo humano
Antes de pilotar o avião de guerra brasileiro em missões reais, cada piloto passa por horas de treinamento em um ambiente que poucos civis conhecem: o simulador de voo Gripen, instalado em uma área de acesso restrito na base de Anápolis, conhecida como Black Box.
Ali, tudo é controlado. A cabine reproduz o cockpit do primeiro caça supersônico Gripen com fidelidade, dos displays ao manche, da manete ao sistema de oxigênio.
A projeção de imagens simula cenários reais de combate, voos em baixa altitude, manobras de alta carga G e operações com múltiplos alvos.
No simulador de voo Gripen, pilotos treinam decolagens, pousos, interceptações e procedimentos de emergência, sem arriscar aeronaves ou vidas. A sensação é tão realista que quem não está acostumado pode sentir tontura, como se estivesse em uma montanha russa.
É nesse ambiente que os militares aprendem a lidar com manobras que viram o cockpit de cabeça para baixo, voos a altas altitudes, onde o caça pode chegar a cerca de 16 quilômetros, e situações de combate em que o corpo é submetido a fortes acelerações.
Essa etapa é fundamental para que, quando sentar sozinho na cabine do avião de guerra brasileiro, o piloto já tenha internalizado reflexos, procedimentos e respostas automáticas.
O simulador de voo Gripen é, portanto, parte essencial do pacote tecnológico entregue à Força Aérea Brasileira Gripen.
Nove mísseis, 30 computadores e uma nova era para o avião de guerra brasileiro
Armado, o primeiro caça supersônico Gripen pode carregar até nove pontos de fixação externos para mísseis e bombas guiadas, além de um canhão capaz de disparar cerca de 1.700 tiros por minuto.
Isso permite que ele atue tanto contra alvos aéreos quanto terrestres, desde aeronaves inimigas que cruzem a fronteira até ameaças em solo que representem risco para a segurança nacional.
Combinando isso aos 30 computadores interligados, à capacidade de voar a aproximadamente 2.400 km/h e à integração com sistemas de defesa em solo, o Gripen se torna o eixo de uma nova doutrina de emprego aéreo.
Não por acaso, a estrutura em Gavião Peixoto se consolida como uma verdadeira fábrica de caças no Brasil, alinhando produção industrial, treinamento, suporte e evolução tecnológica em um único ecossistema.
Para o país, isso significa não apenas a chegada de um novo avião de guerra brasileiro, mas a construção de conhecimento, empregos qualificados e capacidade de manter, atualizar e modernizar o vetor ao longo de décadas.
O primeiro caça supersônico Gripen é o início de uma jornada que pode reposicionar o Brasil no mapa da aviação militar mundial.
E você, depois de conhecer os bastidores da Força Aérea Brasileira Gripen, da linha de montagem e do simulador de voo Gripen, acredita que o Brasil está no caminho certo ao investir em uma fábrica própria de caças e em tecnologia de combate de ponta?

