Castelo Branco ganha novas marginais, trevos reformulados e ponte em fase final em Barueri, com mudanças que prometem redistribuir o fluxo intenso entre Alphaville, Osasco, Carapicuíba, Santana de Parnaíba e a capital
O trecho urbano da Castelo Branco em Barueri sempre foi um gargalo para quem depende da rodovia para acessar Alphaville, Santana de Parnaíba, Carapicuíba, Osasco e o próprio centro de Barueri. Com alto volume de veículos, especialmente em feriados e horários de pico, o encontro entre acessos locais e fluxo de longa distância criava disputas de faixa, lentidão constante e manobras arriscadas.
Agora, com as obras em fase final, o cenário começa a mudar. Novas alças marginais, trevos reformulados e uma ponte com pistas laterais estão sendo finalizados para redistribuir o trânsito entre vias locais e pista expressa. A proposta é simples e poderosa ao mesmo tempo: separar o tráfego de quem está apenas cruzando a região daquele que entra e sai o tempo todo, tornando a Castelo Branco mais fluida e previsível nesse trecho estratégico da Grande São Paulo.
Principais mudanças na ligação entre Castelo Branco e Alphaville
O ponto mais sensível do projeto está na região do trevo de Alphaville e do trevo de Barueri, que concentram grande parte das entradas e saídas da Castelo Branco. Hoje, quem segue em direção ao interior divide espaço com veículos que entram e saem para Alphaville, Barueri, Carapicuíba, Osasco e Santana de Parnaíba, criando um cenário de trânsito pesado e constante.
As obras atacam diretamente esse problema. Novas alças marginais estão sendo implantadas para receber o fluxo local, aliviando a pista expressa. Na prática, isso significa que:
- Quem seguir para Alphaville ou Santana de Parnaíba terá conexões mais diretas pelas marginais, sem disputar espaço com o tráfego de passagem da Castelo Branco.
- Motoristas vindos dessas regiões e entrando na rodovia em direção ao interior serão direcionados por alças específicas, com traçado pensado para dar fluidez e previsibilidade.
- O trevo de Alphaville ganha papel ainda mais estratégico, funcionando como grande distribuidor de tráfego entre a rodovia e o eixo empresarial e residencial da região.
Essa reorganização viária tende a reduzir pontos de conflito, diminuir frenagens bruscas e melhorar o tempo de deslocamento para quem usa o sistema todos os dias.
Nova ponte e alças marginais sobre o rio Tietê
Um dos elementos centrais do projeto é a nova ponte sobre o rio Tietê, que já aparece praticamente concluída, com suas alças marginais em fase final de fechamento. A estrutura foi executada com método de balanço sucessivo, permitindo trabalhar sobre o rio sem paralisar o trânsito na Castelo Branco.
Do ponto de vista do motorista, o impacto prático será direto:
- As duas alças laterais da nova ponte vão receber o tráfego que precisa acessar as marginais, fazendo a transição entre rodovia e vias locais com mais segurança.
- As pistas centrais continuam funcionando como via expressa da Castelo Branco, voltadas principalmente ao fluxo de longa distância, tanto no sentido capital quanto no sentido interior.
- Ao direcionar o tráfego local para as marginais da ponte, o sistema encurta caminhos, evita retornos longos e reduz cruzamentos críticos que hoje contribuem para congestionamentos.
Com isso, a Castelo Branco passa a operar de forma mais semelhante a um corredor de alta capacidade, onde o motoristas escolhem rapidamente se seguem pelo eixo expresso ou pelas marginais, de acordo com o destino.
Reconfiguração de trevos e retorno próximo ao atacarejo
As marginais da Castelo Branco em Barueri também recebem investimento pesado em dispositivos de retorno e conexões locais. Um ponto-chave é a nova alça de retorno próxima a um grande atacarejo da região, que facilita a vida de quem precisa acessar o centro de Barueri ou voltar em direção a Carapicuíba.
Na prática, o sistema funciona assim:
- O motorista que vem pela marginal consegue utilizar a nova alça para retornar em direção à capital ou ao interior, sem precisar disputar espaço na pista expressa.
- Quem sai da rodovia para acessar o centro de Barueri passa a contar com uma ligação mais organizada, passando sob a estrutura viária e conectando diretamente ao eixo urbano.
- Dispositivos de retorno e acesso estão sendo reposicionados para reduzir os zigue-zagues que antes obrigavam o motorista a múltiplas trocas de faixa em pouco espaço.
Tudo isso ajuda a transformar a Castelo Branco em um sistema mais lógico: marginais para circulação local, pista expressa para quem atravessa a região.
Impacto para Barueri, Alphaville, Osasco, Carapicuíba e Santana de Parnaíba
As intervenções não afetam apenas quem usa a rodovia em viagens mais longas. O dia a dia de quem vive e trabalha na região vai mudar bastante.
Barueri, Alphaville, Osasco, Carapicuíba e Santana de Parnaíba formam um corredor urbano e econômico de altíssima intensidade viária. A Castelo Branco é a espinha dorsal desse sistema e qualquer intervenção nela repercute diretamente em horários de pico, acesso a polos empresariais, viagens de trabalho e deslocamentos residenciais.
Com a conclusão das marginais e das alças:
- Moradores e trabalhadores de Alphaville e Santana de Parnaíba devem perceber melhorias nos tempos de acesso ao trecho principal da rodovia.
- Quem vem de Osasco e Carapicuíba passa a contar com conexões mais organizadas, reduzindo o entra e sai desordenado que hoje pressiona o fluxo da Castelo Branco.
- O centro de Barueri ganha uma ligação mais clara com a rodovia, com túneis, passarelas e retornos ajustados para acomodar pedestres e veículos.
Em uma região onde o trânsito é parte do cotidiano, qualquer ganho de fluidez e previsibilidade tem impacto direto na qualidade de vida.
Concessão, mudança de operação e aceleração da obra
Outro ponto importante é o contexto da concessão. A Castelo Branco era administrada pela CCR e passou para o grupo EcoRodovias, responsável por sistemas como Anchieta-Imigrantes e outras rodovias brasileiras. Essa mudança também se refletiu no andamento das obras em Barueri.
Segundo o relato de campo, houve troca da empresa responsável pela execução, ajustes de operação e sequência de etapas técnicas até chegar ao estágio atual de reta final. Isso incluiu:
- Trabalhos de talude, para preparar e estabilizar áreas de corte e aterro nas marginais.
- Abertura de novas faixas de via marginal, criando espaço físico para receber o trânsito que hoje é obrigado a usar a pista principal.
- Introdução de novas passarelas e adequação de túnel, conectando o centro de Barueri ao outro lado da rodovia, com mais segurança para pedestres.
Apesar de atrasos em relação ao cronograma original, a percepção atual é de obra em avanço consistente, com estruturas principais praticamente definidas e próximos passos voltados a acabamento e pavimentação final.
O que ainda falta para a entrega das obras
Mesmo com a Castelo Branco já mostrando grande parte das mudanças estruturais em Barueri, alguns passos continuam fundamentais antes da liberação completa do novo sistema viário. Entre eles:
- Execução das camadas finais do pavimento, com a primeira camada estrutural e, depois, o asfalto definitivo nas marginais, alças e retornos.
- Sinalização horizontal e vertical completa, com pintura de faixas, placas de orientação, setas e indicação clara de faixas de aceleração, desaceleração e retorno.
- Ajustes finais de iluminação pública, que em grande parte já foi implantada, garantindo segurança noturna nas novas alças e marginais.
- Eventuais testes operacionais e mudanças graduais de fluxo, para acostumar os motoristas às novas rotas sem criar caos temporário.
Só depois desses passos será possível sentir, na prática, todo o potencial de reorganização do trânsito que o projeto promete entregar na Castelo Branco em Barueri.
E agora, como você vê o futuro da mobilidade na região?
As obras na Castelo Branco em Barueri representam bem o desafio das grandes metrópoles: expandir capacidade, organizar fluxos e, ao mesmo tempo, conviver com obras em áreas já saturadas. A expectativa de quem acompanha de perto é clara, quanto antes a intervenção acabar, mais cedo a região poderá colher os benefícios dessa nova configuração viária.
Você acha que essas novas marginais, alças e trevos reformulados na Castelo Branco vão realmente reduzir o trânsito entre Alphaville, Osasco, Carapicuíba e Barueri ou o crescimento da frota vai “engolir” o ganho em poucos anos?

